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O primeiro empreendimento: Adquirindo uma Franquia

Continuando a série 2013 o Ano Vermelho hoje escreverei sobre meu primeiro empreendimento, a aquisição de uma franquia, conforme introduzi no primeiro post desta série.

Durante 11 anos da minha carreira profissional eu fui colaborador de diversas empresas em funções variadas. Alguns foram marcantes, outros nem tanto. Mas o que quero dizer aqui é que todos estes empregos tiveram algo em comum: nunca me senti em “casa”. Quero dizer, lá no fundo da minha consciência sempre existiu a vontade de Empreender, voar por conta própria, construir minha empresa. Porém eu não tinha consciência disso e provavelmente por isso passei tanto tempo trocando de emprego.

Era Dezembro de 2012 quando vi um anúncio de franquia em uma revista que estava lendo. Era uma franquia no ramo da estética porem a propaganda deles foi tão convincente para mim que imediatamente comecei a estudar tudo sobre franquias e aquilo rapidamente se tornou minha obsessão. Na época eu estava desempregado pois tinha me mudado recentemente para a cidade onde minha namorada (hoje noiva) morava. A oportunidade de ser dono do meu próprio negócio contando com o know how da franqueadora me pareceu tentador.

Comecei então a estudar diversas opções do mercado, procurando principalmente franquias com baixo valor de investimento inicial pois eu não possuía capital.

Até que encontrei uma franquia que pedia apenas R$ 8.500 de capital inicial e prometia um retorno do investimento em 3 meses de média. Aqui acontece meu primeiro erro: confiar no ranking da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Parecia mentira, mas tal franqueadora estava no top 10 do ranking da (Não irei citar o nome da franqueadora aqui porque não acho relevante para a mensagem que pretendo passar) e aquilo para mim era um indicativo de que era uma empresa séria e comprometida com os franqueados.

A proposta era simples: o capital inicial me garantia 10 produtos que tinham um valor comercial de R$ 600 cada. Ou seja, se eu vendesse aqueles 10 produtos no primeiro mês eu já teria recuperado quase 80% do meu capital investido. Este produto eu iria adquirir da franqueadora pelo preço de R$ 290 e, ou seja, eu teria lucros superiores a 100% em cada produto vendido. Não tive dúvidas: era minha grande chance.

Lembra que disse anteriormente que não possuía capital? Então de onde veio o dinheiro para iniciar o negocio? Como você deve imaginar eu recorri a empréstimos bancários… em vários bancos. Inclusive convenci minha noiva a alienar o carro dela para conseguirmos dinheiro. Eu tinha tanta certeza de que o negócio daria certo (afinal só dependia de mim mesmo vender os produtos) que naquele momento eu fiz qualquer loucura para acontecer.

Aqui vale outro aviso para quem pretende adquirir uma franquia: Desconfie da COF (Circular de Oferta de Franquia) e procure outras informações fora do que a franqueadora lhe fornecer.

A franqueadora me forneceu a COF e imediatamente entrei em contato com os franqueados ali informados. Claro que eles apenas incluíram franqueados altamente realizados com a franquia e todos me deram as melhores indicações possíveis…

Porém hoje eu posso afirmar que mesmo que algum destes franqueados me passasse um depoimento negativo da franquia eu dificilmente teria desistido do negócio. Outro erro: jamais se apaixone pela franquia antes de adquiri-la. Estava tão certo daquilo que fiquei cego, nada iria me impedir de concluir aquele negocio.

Enfim, a COF manipulada da franqueadora só serviu para me dar mais pressa para concluir o negócio e em poucos dias eu já havia pago a entrada (R$ 4.500) e adquirido a franquia. Não lembro exatamente o dia, mas sei que era próximo do meu aniversário em 20 de Janeiro de 2013. Claro, considerei aquilo como um grande presente que havia recebido…

Os R$ 4.000 restantes que eu devia à franqueadora deveriam ser pagos em 30 e 60 dias. Pesadas prestações de 2 mil reais que eu acreditava que pagaria ainda no primeiro mês, estava certo disso. Mais um erro: Jamais, em hipótese alguma, comprometa-se com prestações absurdas sem antes planejar completamente suas finanças.

E assim começa minha vida de empreendedor à frente de uma franquia.

Não entrarei em detalhes do declínio e inevitável fim da minha franquia aqui pois este assunto merece um post próprio. Será o próximo que escreverei na série 2013 o Ano Vermelho.

Sintam-se livres para comentar o post! Até a próxima.

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2013 - O ano vermelho

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